Clitóris Livre – A Festa

Concepção: como surgiu o movimento

Em 2013, saudosa pelos R&B’s que ouvia na minha infância e adolescência, me aventurei como produtora de eventos e DJ pela primeira vez. Em 2015, quis arriscar de novo. Pela pouca quantidade de DJs mulheres atuantes em Belo Horizonte na época, fui recebida de braços abertos pela “Diversas – Mostra de Arte, Feminismo e Resistência” e quando dei por mim estava subindo para me apresentar no palco do Viaduto Santa Tereza, um dos principais espaços de hip hop e cultura de rua da cidade.

De lá pra cá, acompanhei com muita felicidade o número de DJs mulheres na cidade se multiplicar vertiginosamente, embora o espaço e a remuneração dado à essas artistas definitivamente não crescesse na mesma proporção. Os line-ups das festas continuavam majoritariamente  compostos por homens – os mesmos de sempre – e quando muito havia uma mulher na composição do evento, sempre em um horário desfavorável e recebendo pouco.

Nessa época, de 2015 à 2017, eu produzia a festa Quem Tem Swing, em parceria com mais dois sócios. Por mais que nos esforçássemos para construir um line-up equilibrado, eu sentia que ainda não era o bastante. Eu almejava construir algo que fortalecesse as mulheres na cena independente. Então, em 2017, na data de aniversário de 2 anos do meu blog Clitóris Livre tive uma ideia: criar uma festa com mesmo nome, produzida exclusivamente por mulheres e 100% composta por mulheres no line-up.

Acesse: Blog – Página do Facebook – Instagram

 

Recepção do Público

Assim como o blog, que já soma mais de 1,6 milhão de visitantes, a festa é um sucesso desde sua primeira edição.
Como somos suspeitas, ninguém melhor pra falar da festa do que o próprio público.
Algumas considerações de quem já provou do babado:

Histórico e Conceito

Neste um ano de existência da festa, já passamos pela maioria das grandes casas de show da cidade, como Deputamadre Club, NECUP – Núcleo de Cultura Popular, Galpão LaTrupe, A Casa de Cultura e Soleá Tablao Flamenco. Itinerante, a festa conta com público fiel e diversificado.

Pela proposta libertária e progressista, onde não são tolerados preconceitos, várias tribos se reúnem na Clitóris Livre, formando sempre uma pista cheia e animada, que se mantém quente pelando até de manhã. 

Na Clitóris Livre – A Festa, já recebemos desde DJs atuantes há décadas na cidade, precursoras na atividade quando ela era exclusivamente dominada por homens, como Black Josy, mas nos esforçamos também para abrir espaço para DJs que estão começando.

A representatividade é outro fator importante para nós. Gostamos de formar uma pista múltipla, que reflita a diversidade de mulheres e estilos musicais. Musicalmente, somos tão variadas quanto múltiplas e diversas são as mulheres que nos compõem. Uma boa dose de hip hop, R&B, pop, afrobeat, dancehall, reggaeton, e funk, claro, que ninguém é de ferro. À seguir, confira alguns registros da festa, pra entender melhor do que a gente tá falando.

Registros

Nossos valores e objetivos

 

Como colocamos acima, o projeto Clitóris Livre não nasceu como uma festa, a festa veio para comemorar o sucesso do blog.

Não temos formato definido. Não somos nem apenas um site, nem apenas uma festa: Somos um movimento. 

Formado por mulheres, esse movimento pretende unir e construir pontes entre os saberes e diversas realidades femininas.

Em um meio historicamente machista como é o cenário artístico e a produção cultural, pretendemos abrir espaço e nos empoderar enquanto artistas, empreendedoras, videomakers, produtoras, e o que mais quisermos ser.

 

 

 

Clitóris Livre, em movimento.
Alguns vídeo-teasers de edições passadas:

 

Postagens Recentes

Deixe um Comentário

luisa loes, clitoris livre a festa, produção de evento, festas feministasluisa loes, hip hop, produção de evento, djonga